Paraíba vira palco de marketing social enquanto o básico continua abandonado

 


Nos últimos meses, o Governo da Paraíba tem multiplicado anúncios sobre políticas públicas “inclusivas”, conferências de “direitos das mulheres”, programas de “equidade” e adesões a planos federais de direitos humanos. O discurso é bonito, mas a realidade é bem menos inspiradora.

Eventos com banners coloridos, discursos prontos e aplausos de autoridades viraram rotina. Fala-se em “empoderamento”, “igualdade” e “representatividade”, mas quando o evento acaba, o povo continua sem saúde, sem segurança e sem transporte decente. O marketing social virou a nova cortina de fumaça da velha política.

O governo estadual, seguindo o tom de Brasília, tenta pintar um retrato de progresso moral e social. Só que por trás dessa fachada, os indicadores reais de qualidade de vida seguem preocupantes. A Paraíba ainda figura entre os estados com maiores taxas de desemprego e desigualdade do Nordeste. Nas escolas públicas, a infraestrutura é precária e a evasão cresce. No interior, falta médico e até ambulância.

Enquanto isso, secretarias e coordenadorias ganham nomes cada vez mais pomposos e orçamentos cada vez mais gordos — mas pouca entrega concreta. A sensação é de que a política social virou vitrine ideológica: mais discurso militante do que resultado prático.

É claro que toda política pública tem valor quando bem aplicada. Mas o que se vê é o uso político de pautas sensíveis para agradar a grupos organizados e garantir apoio político. O foco se perdeu. O estado precisa de gestão séria, não de eventos para foto oficial.

A Paraíba não precisa de slogans. Precisa de trabalho, eficiência e compromisso com o cidadão comum — aquele que levanta cedo, paga imposto e nunca é convidado para os “fóruns de debate” que a elite política tanto promove.

Enquanto a esquerda faz política com bandeiras e discursos prontos, a verdadeira justiça social continua esperando um gestor que troque o palco pela ação.

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