Oficialmente, ninguém fala em eleição. Mas basta olhar ao redor pra perceber: a Paraíba já está em clima de 2026. Enquanto o povo encara fila em hospital e estrada esburacada, os caciques políticos estão montando estratégias, alianças e narrativas pra segurar espaço no poder.
Nas últimas semanas, o burburinho cresceu em torno da “renovação política” — com jovens de 20 e poucos anos sendo apresentados como a nova cara da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). Bonito no discurso, mas na prática, boa parte desses “novos nomes” tem padrinhos poderosos e seguem o mesmo roteiro de sempre: prometer mudança, mas agir como continuísmo.
Enquanto isso, os velhos grupos se movimentam nos bastidores. O governador João Azevêdo (PSB) tenta manter controle sobre sua base, e figuras ligadas ao PT já se articulam para ampliar presença em cargos e partidos menores. A disputa real não é por ideias — é por quem vai controlar o palanque de Lula no estado.
Do outro lado, a direita paraibana ainda busca reorganização. A fragmentação entre grupos conservadores e liberais abre espaço para que a esquerda continue com vantagem nas estruturas partidárias e na máquina pública. Mas o cenário pode mudar rápido — especialmente se surgir uma liderança com coragem pra romper o sistema de compadrio que domina a política local.
O fato é que 2026 vai separar os que vivem de discurso dos que têm propósito. A Paraíba precisa de renovação de verdade — gente que não dependa de emenda, cargo ou promessa pra fazer política. Enquanto os mesmos nomes trocam de palanque e fingem mudança, o estado continua preso ao passado.
Se a Direita quiser ter vez e voz em 2026, o momento de se organizar é agora.

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