Enquanto o governo gasta milhões em propaganda, escolas da Paraíba seguem caindo aos pedaços

 


O Governo da Paraíba anunciou com festa que investe R$ 415,5 milhões em obras de educação. É o tipo de manchete que parece promissora — mas quem conhece a realidade das escolas públicas sabe que o buraco é bem mais embaixo.

De acordo com o governo, os recursos vão para construções e reformas de unidades escolares em várias regiões do estado. Bonito no papel. Só que a realidade dentro das salas de aula é outra: estrutura precária, professores sobrecarregados, alunos sem material básico e merenda de baixa qualidade.

A gestão de João Azevêdo tenta vender a imagem de que a Paraíba vive um “novo momento na educação”. Mas quem percorre o interior sabe que tem escola com banheiro interditado, teto vazando e quadro de giz caindo aos pedaços.
Em muitas cidades, o prédio é novo, mas o ensino continua fraco — o que mostra que o problema não é só de tijolo e tinta, e sim de gestão e prioridade.

O pior é que, enquanto o estado se gaba das obras, os números da aprendizagem seguem estagnados. A Paraíba ainda amarga resultados baixos no IDEB, e o ensino técnico público está longe de atender à demanda real dos jovens.

O investimento é importante, claro. Mas investir sem planejamento é jogar dinheiro fora. É fácil inaugurar prédio com fita e placa, difícil é garantir qualidade e resultado. E isso o governo não mostra nas redes.

No fim das contas, parece mais uma jogada de marketing: muita obra para aparecer bem na foto, pouca política séria para mudar a vida do estudante.
A educação paraibana precisa de professores valorizados, gestão eficiente e foco em resultado, não de promessas recicladas a cada eleição.

Enquanto o governo pinta muro e entrega uniforme novo, o futuro dos jovens continua sendo adiado — e a propaganda, essa sim, segue de colarinho limpo.

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