Por Lucas Lima — líder da Direita UFPB e representante do movimento conservador na Paraíba
O Movimento Brasil Livre (MBL) surgiu nos bastidores das manifestações de 2013, no chamado “Fora Dilma 1.0”, como uma promessa de renovação política e resistência contra o avanço do PT. Em 2014, o grupo ganhou projeção nacional, mas já demonstrava seus primeiros erros estratégicos: aliou-se a Aécio Neves e ao PSDB, partido de linha social-democrata (ou socialista de salão), que se apresentava falsamente como a direita brasileira.
Na visão de Lucas Lima, o PSDB sempre representou um centrismo esquerdista travestido de oposição, e essa aliança inicial do MBL já mostrava que o movimento nascia dentro do sistema, e não como resistência real a ele.
“Desde o início, o MBL me pareceu uma engrenagem da velha política, revestida de linguagem jovem e estética liberal. O discurso era novo, mas as alianças eram as mesmas de sempre.” – Lucas Lima
O MBL do impeachment: o segundo ato da farsa
Entre 2015 e 2016, o MBL viveu seu segundo momento de glória ao liderar os protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff, o chamado “Fora Dilma 2.0”. No entanto, novamente, se aliou a figuras da velha política, como Eduardo Cunha e Renan Calheiros, revelando um padrão de contradições.
Lucas recorda que, naquela época, via com simpatia o jovem Kim Kataguiri, por enfrentar o PT, Lula e Haddad, e por defender Sérgio Moro. Contudo, já havia desconfiança quanto à seletividade da Lava Jato:
“Eu já sabia que o pai de Sérgio Moro tinha ligações com o PSDB, e que Moro evitava investigar tucanos, mesmo sabendo que muitos estavam envolvidos na Lava Jato. Isso me pareceu suspeito, e totalmente diferente da Operação Mãos Limpas na Itália.” – Lucas Lima
Os ataques a Olavo e à verdadeira Direita
Enquanto Olavo de Carvalho e seus seguidores construíam o pensamento conservador brasileiro, o MBL direcionava suas energias para atacar o olavismo, os monarquistas e os intelectuais de direita.
“Bolsonaro não se fortaleceu por ser deputado, mas por ser ex-capitão do Exército e símbolo da resistência anticomunista. Foi graças à leitura política de Olavo de Carvalho e de seus discípulos que Bolsonaro venceu em 2018. Sem eles, nem a facada o levaria ao segundo turno.” – Lucas Lima
O erro de Bolsonaro e a ascensão do sistema
Lucas faz questão de destacar sua admiração por Ernesto Araújo, ex-chanceler brasileiro:
“Ernesto foi um dos poucos que teve coragem de enfrentar o Partido Comunista Chinês. Sua saída, forçada por pressões internacionais e pela covardia de setores do governo, foi o primeiro grande erro de Bolsonaro.” – Lucas Lima
O segundo erro, segundo Lucas, veio em 9 de setembro de 2021, quando Bolsonaro assinou, por influência de Michel Temer, uma carta de recuo endereçada a Alexandre de Moraes.
O papel do MBL na perseguição à Direita
Para Lucas Lima, o MBL é hoje um braço político da perseguição à Direita. O movimento apoia ou silencia diante dos abusos do STF, defende o ativismo judicial e se dedica a atacar os conservadores, bolsonaristas e cristãos que não se submetem à sua narrativa.
“O MBL nunca criticou as arbitrariedades do Supremo, nem tem coragem de enfrentar o governo Lula. Sua função é simples: enfraquecer a Direita, atacar seus líderes e servir ao sistema.” – Lucas Lima
Conclusão: o Partido Missão e o futuro da Direita
Hoje, o Partido Missão, nova face do MBL, busca se institucionalizar e conquistar espaço no Congresso. Mas, para Lucas Lima, trata-se de mais do mesmo — uma versão repaginada da velha política travestida de juventude.
“Ainda veremos o Partido Missão envergonhar o Brasil. Eles continuarão no poder, fazendo o que sempre fizeram: atacar as pessoas de direita. O MBL nunca foi de direita. É apenas um fenômeno de conveniência, que se molda ao ambiente político para manter influência. O verdadeiro conservadorismo brasileiro segue vivo, mas está fora desses círculos.” – Lucas Lima
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1 Comentários
O certo é apoiar um corrupto golpista e entreguista de pautas, o certo é se aliar com o Valdemar da Costa Neto. Pra vocês, ditos de "direita" na Paraíba, só vale a aliança se for com bandidos ou com rachadores. E mais, choro de puta, Deus não ouve.
ResponderExcluirSua participação é muito importante para nós.