Governo da Paraíba aposta em verbas de Brasília e tenta capitalizar o Novo PAC como vitrine política


 O governo da Paraíba correu para apresentar 1.311 propostas ao Novo PAC Seleções, programa do governo Lula que promete liberar bilhões para obras e equipamentos pelo país. Agora, o estado comemora a aprovação de 114 projetos, enquanto o governador João Azevêdo (PSB) tenta transformar o anúncio em marketing político.

Mas na prática, todo mundo sabe como isso costuma funcionar. Brasília libera o dinheiro, o governo estadual aparece na foto, e os prefeitos aliados ganham holofote. É o velho jogo da política: quem tem mais proximidade com o poder central leva vantagem — e o resto fica esperando na fila.

Enquanto o discurso oficial fala em “desenvolvimento”, “integração” e “investimentos históricos”, o que a população quer mesmo é resultado. A Paraíba já viu promessas parecidas em versões anteriores do PAC, e muitas ficaram no meio do caminho. Obras paradas, orçamentos estourados e inaugurações que nunca chegaram.

Agora, em pleno aquecimento para as eleições de 2026, o uso político desses recursos vira o verdadeiro campo de batalha. Azevêdo tenta mostrar eficiência, mas o estado continua com gargalos graves: rodovias em péssimo estado, falta de estrutura hospitalar no interior e escolas que ainda funcionam em condições precárias.

A verdade é que sem gestão séria e fiscalização de verdade, o dinheiro de Brasília vira só mais combustível para o marketing de quem já está no poder. O povo paraibano quer transparência, mérito e planejamento — não obras de fachada usadas como trampolim eleitoral.

O desafio está lançado: transformar o PAC em progresso real ou repetir o roteiro de sempre — muito discurso e pouca entrega.

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