A Direita UFPB, movimento que vem se consolidando como a principal força conservadora dentro da Universidade Federal da Paraíba, estuda lançar uma chapa própria para disputar as eleições do Diretório Central dos Estudantes (DCE) no pleito de 2025/2026. A iniciativa, ainda em fase de articulação, tem como objetivo romper a hegemonia da esquerda universitária, que há anos domina a política estudantil na instituição.
Segundo informações obtidas pela reportagem, a Direita UFPB busca formar um grupo representativo em todos os campi da universidade — João Pessoa, Areia, Bananeiras e Rio Tinto —, garantindo uma presença plural e equilibrada entre os cursos. Essa tarefa, no entanto, tem se mostrado o maior obstáculo para o movimento neste momento.
“A Direita UFPB deseja montar uma chapa para concorrer ao DCE, mas precisaria de corajosos de todos os campi, o que se torna o principal obstáculo para a formação de uma chapa às pressas”, afirmou um dos articuladores do grupo.
A dificuldade decorre tanto do curto prazo para inscrições, quanto do clima hostil que costuma cercar estudantes com posicionamento político conservador dentro do ambiente universitário. Nos últimos anos, diversas lideranças de direita na UFPB relataram episódios de censura, intimidação e perseguição ideológica — fatores que desestimulam a exposição pública de novos militantes.
Um movimento que cresce silenciosamente
Apesar das dificuldades, a Direita UFPB vem ampliando seu alcance, especialmente após o fortalecimento de pautas liberais e conservadoras em defesa da liberdade acadêmica, da meritocracia e da gestão responsável dos recursos públicos.
A presença do grupo em eventos como o Encontro da Juventude Conservadora e o envolvimento de seus membros em debates públicos sobre a neutralidade ideológica das universidades têm dado nova visibilidade à direita estudantil paraibana.
Além disso, o movimento se organiza em torno de princípios claros: liberdade de expressão, defesa da educação de qualidade, combate à doutrinação política e transparência na gestão estudantil. A ideia de lançar uma chapa para o DCE vem sendo vista como um passo natural na consolidação do movimento dentro da UFPB.
Ruptura com o modelo tradicional
Caso a Direita UFPB consiga estruturar uma chapa completa, o feito representará um marco inédito na história recente da política estudantil da universidade. Desde 2016, o DCE-UFPB tem sido comandado por grupos alinhados à esquerda — especialmente ao PT, PSOL, PCB e UNE —, que mantêm forte influência sobre as entidades de base.
O novo projeto, portanto, simboliza uma ruptura com o modelo tradicional e uma tentativa de pluralizar o debate estudantil.
“A universidade precisa voltar a ser um espaço de ideias, e não de ideologias. O DCE deve representar todos os estudantes, não apenas uma corrente política”, comentou um dos membros da Direita UFPB que participa da articulação.
Chamado à coragem e à união
Entre os apoiadores do movimento, cresce a percepção de que a hora é agora para a direita universitária romper o silêncio e disputar espaço com legitimidade e preparo. O grupo tem buscado identificar estudantes comprometidos com a causa em diversos cursos e campi, reforçando a necessidade de coragem, articulação e unidade diante do desafio.
A expectativa é que, caso o edital eleitoral seja aprovado ainda este mês pelo COEBE-UFPB, o movimento tenha poucas semanas para formalizar a inscrição da chapa. Ainda assim, a Direita UFPB afirma estar pronta para agir com rapidez, caso consiga reunir o número necessário de representantes.
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