COEBE UFPB acontecerá nesta sexta-feira (14) e deve definir regras finais das eleições para o DCE 2025/2026


O Conselho de Entidades de Base da Universidade Federal da Paraíba (COEBE-UFPB) realizará, nesta sexta-feira (14 de novembro de 2025), uma nova reunião para concluir a formulação do edital que regerá as eleições do Diretório Central dos Estudantes (DCE) para o biênio 2025/2026.

De acordo com informações repassadas por integrantes do movimento INTEGRA UFPB, o encontro acontecerá novamente no Auditório da Prefeitura Universitária da UFPB, localizado ao lado do Almoxarifado da Superintendência de Infraestrutura (SINFRA/UFPB) e do Instituto de Pesquisas em Fármacos e Medicamentos (IPeFarM), em frente ao Departamento de Fisiologia e Patologia do CCS/CCM.


Decisões finais e clima de tensão

A principal pauta do encontro será a votação dos dez artigos restantes que compõem o edital eleitoral. Após essa etapa, o documento será finalizado e o processo de eleições do DCE poderá ser iniciado oficialmente.

Segundo representantes do INTEGRA UFPB, a última reunião do COEBE, que se estendeu até 22h30, foi marcada por confusão e divergências intensas. O ponto mais polêmico tratava da participação dos estudantes ingressantes no pleito e da proibição de alunos com mais de 85% do curso integralizado de concorrerem a cargos no DCE — temas que dividiram profundamente os membros do Conselho.

Outro ponto de tensão citado pelos entrevistados foi o debate em torno da presidência do COEBE. Integrantes do movimento VOZES DA UFPB teriam questionado a legitimidade de Fernando (CAMAT) como presidente do Conselho, além de defenderem um teto de gastos de R$ 10 mil para as campanhas, contrapondo-se à decisão final de limitar o valor a R$ 7 mil.


Críticas à condução das reuniões

Em entrevista à reportagem, um representante de um dos Centros Acadêmicos fez críticas contundentes à mesa diretora do COEBE e aos movimentos ligados à esquerda universitária:

“A mesa melhorou na última reunião, teve mais pulso para colocar as coisas em votação. Mas o atraso prejudicou o processo. Houve boicote por parte de grupos como o VOZES e o OCUPA, que deliberadamente esvaziaram o quórum para impedir votações. Isso atrasa as eleições e pode deixar o DCE sem gestão, o que prejudica os estudantes”, afirmou o representante.


CAGESP cobra legalidade e imparcialidade

O presidente do Centro Acadêmico de Gestão Pública (CAGESP) também participou da reunião e pontuou críticas à forma como o processo tem sido conduzido. Entre os principais pontos levantados estão:

  • Falta de organização nas reuniões, resultando em perda de tempo para decisões simples;
  • Questionamento da imparcialidade da Comissão Eleitoral, presidida por um ex-integrante da gestão Renova UFPB;
  • Discordância com a exclusão dos “feras” (alunos recém-ingressos) do processo eleitoral;
  • E a necessidade de seguir estritamente o Estatuto do DCE, que, segundo ele, vem sendo desrespeitado por votações políticas, e não técnicas.

“Percebo uma massa de Centros Acadêmicos votando em função de chapas, e não com base no Estatuto. Seguir a legalidade é seguir o Estatuto. Espero que esse seja um espaço democrático, onde todos possam participar”, concluiu.

Junior Barros comenta o cenário

O estudante Junior Barros, do curso de Gestão Pública, também comentou o atual cenário do COEBE e as pautas que têm gerado mais tensão entre os representantes estudantis.

“A data confirmada para o evento é 14 de novembro de 2025. No entanto, ainda não tenho a confirmação do horário exato.”

“O debate em torno da aprovação do edital para a eleição do DCE (Diretório Central dos Estudantes) tem gerado divergências significativas. A aparente falta de consenso sobre os termos ou o processo dessa pauta específica está contribuindo para um clima de maior tensão nas discussões do COEBE.”

“Os principais envolvidos no debate são os representantes dos Centros Acadêmicos (CAs) e Diretórios Acadêmicos (DAs), que representam as instâncias de base do movimento estudantil. O cerne da tensão parece estar em diferentes visões sobre a condução e os objetivos do movimento. Há uma preocupação sobre a importância de manter o foco no compromisso coletivo assumido com os estudantes, garantindo que o espaço seja utilizado para o avanço das pautas estudantis. Existe também uma inquietação sobre a distribuição de responsabilidades, para assegurar que o trabalho seja dividido equitativamente entre os membros, sem sobrecarregar aqueles que estão ativamente engajados nas tarefas.”

Política e representatividade estudantil

A reportagem também tentou contato com o presidente da Comissão Eleitoral, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. Foram procuradas ainda lideranças estudantis de expressão política no estado, como Mariana Albuquerque, presidente do Centro Acadêmico de Contabilidade e da Juventude Socialista Brasileira (JSB), e Vinícius Oliveira, ativista político ligado ao MDB/PT e ao CAGESP, ambos envolvidos em discussões sobre o processo eleitoral do DCE.



📌 Reportagem: Lucas Lima
🎓 Estudante de Gestão Pública (UFPB) e Jornalismo (Faculdade Cruzeiro do Sul)
📱 Responsável pela página @direita.ufpb
🗳️ Pré-candidato a Deputado Federal pelo Partido Novo
📍Todas as entrevistas foram conduzidas com ética, imparcialidade e rigor técnico, sem juízo de valor sobre as falas dos entrevistados.

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